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Combate ao mosquito

Casos de dengue começam a diminuir em Madre de Deus de Minas

Município reduz o ritmo de transmissão da doença

Publicado em 01/06/2024 às 20:41
Atualizado em

Atendimento para sintomas de dengue (Foto: Ilustração Adobe Stock)

Campanha de combate à dengue (Foto: Ministério da Saúde)

Os casos de dengue em Madre de Deus de Minas apresentaram um aumento significativo no primeiro semestre de 2024. Em 5 de fevereiro, foram confirmados 16 casos, um número que disparou para 107 em 1º de março, representando um aumento de 568,75%.

O crescimento continuou no mês seguinte, com 419 casos confirmados em 1º de abril, um aumento de 291,59%. Embora ainda significativo, o ritmo de crescimento diminuiu um pouco em maio, com um aumento de 137,23%, totalizando 995 casos. Os números computados até 24 de maio indicam que o aumento desacelerou para 8,14%, com 1076 casos confirmados.


Prevenção é o melhor caminho

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil ultrapassou a marca de cinco milhões de casos de dengue em 2024, um número três vezes superior ao registrado em 2023. Casos da doença têm sido registrados em todo o país, incluindo as cidades da região. Por isso, o Ministério alerta sobre a importância da prevenção.

A dengue é transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti e pode se espalhar rapidamente em condições favoráveis. A doença provoca febre súbita (39°C a 40°C) e pelo menos dois sintomas como dor de cabeça, prostração, dores musculares/articulares ou dor atrás dos olhos.

Pessoas com estes sintomas devem buscar atendimento médico imediato. Após a fase febril (entre o 3º e 7º dia), é preciso atenção aos sinais de alarme: dor abdominal intensa, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, hipotensão (pressão baixa), letargia (sono intenso), hepatomegalia (aumento do tamanho do fígado), sangramento de mucosa.

A fase de recuperação segue a fase crítica, mas a dengue pode progredir para formas graves com hemorragias severas ou comprometimento grave de órgãos, podendo ser fatal. Todas as pessoas são suscetíveis à dengue, mas grávidas, lactentes, crianças pequenas e idosos têm maior risco de complicações.

Em 21 de dezembro de 2023, a vacina contra a dengue foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o Brasil o primeiro país a oferecer este imunizante na rede pública. No entanto, as cidades da região ainda não receberam doses do imunizante. As vacinas serão destinadas a municípios de grande porte que tiveram alta transmissão de dengue nos últimos dez anos e possuem população igual ou maior a 100 mil habitantes, considerando também as altas taxas de casos nos últimos meses.

Apesar da introdução da vacina, o controle do mosquito Aedes aegypti continua sendo o principal método de prevenção contra dengue, chikungunya e zika. As medidas de prevenção incluem uso de telas, repelentes, remoção de recipientes que possam acumular água, vedação de reservatórios, desobstrução de calhas e participação comunitária.


Tratamento

O tratamento da dengue baseia-se principalmente na reposição adequada de líquidos. As orientações médicas para tratamento em casa incluem: repouso, ingestão de líquidos, evitar automedicação, procurar urgência em caso de sangramentos ou sinais de alarme e retornar para reavaliação clínica conforme orientação médica. Ainda não existe um tratamento específico para a doença.


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